dizes metamorfose e segues adiante

“Aí está uma palavra que soa bem, cheia de promessas e certezas, dizes metamorfose e segues adiante, parece que não vês que as palavras são rótulos que se pegam às cousas, não são as cousas, nunca saberás como são as cousas, nem sequer que nomes são na realidade os seus, porque os nomes que lhes deste não são mais que isso, os nomes que lhes deste” J.S. em As Intermitências da Morte

Num discurso de homenagem a José Saramago, Gabriela Canavilhas (que, de resto, fez um discurso de homenagem sublime) citou hoje um amigo de Pilar del Rio que escreveu:  “não há palavras, Saramago levou-as todas”.  Para mim, Saramago foi, mas, felizmente, deixou-nos as palavras. Todas as palavras de uma obra – digam o que disserem – incomparável.

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